A espécie não é endêmica do Brasil (Silva-Luz et al., 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Acre — nos municípios Acrelândia, Brasiléia e Xapurí —, e no estado do Amazonas — no município Humaitá.
Árvore com até 30 m de altura (Mitchell e Daly, 1993), não é endêmica do Brasil (Silva-Luz et al., 2020). No Brasil, apresenta distribuição no estado do Acre, municípios Acrelândia, Brasiléia e Xapurí, e no estado do Amazonas, município Humaitá. Ocorre na Amazônia, em Floresta de Terra Firme (Silva-Luz et al., 2020). Apresenta AOO= 16km² e quatro situações de ameaça. A constante expansão de estradas é um fator que contribui para a perda de biodiversidade e degradação florestal na Amazônia (Joly et al., 2019). Na Amazônia brasileira, 22.713 km de estradas federais ou estaduais são complementados por 190.506 km de estradas não oficiais, frequentemente associadas à exploração madeireira e atividades rurais, onde quase 95% de todo o desmatamento ocorre dentro de um distância média de 5.5 km de estradas (Charity et al., 2016). Os municípios Acrelândia (AC) e Brasiléia (AC) possuem, respectivamente, 60,49% (109353,9ha) e 29,8% (116722,3ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). No município de Humaitá, o garimpo do ouro representa uma boa parte da renda que garante a sobrevivência de muitos e é uma prática presente há anos nas famílias que vivem nas comunidades ribeirinhas da região (Baraúna, 2009). A exploração do ouro é feita ilegalmente e com uso de mercúrio. Diante o cenário de ameaças vigentes infere-se o declínio contínuo de extensão de ocorrência, área de ocupação, qualidade de habitat e situações de ameaça. Assim, Thyrsodium bolivianum foi avaliada como Em Perigo (EN) de extinção. Recomendam-se ações de pesquisa (busca por novas áreas de ocorrência, censo e tendências populacionais, estudos de viabilidade populacional) e conservação (Planos de Ação, Cumprimento de efetividade de Unidades de Conservação e Conservação ex situ) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção.
Descrita em: Brittonia 45, 120, 1993. É afim de Thyrsodium bolivianum por causa da nervura central adaxial pubescente, a superfície do folheto abaxial geralmente pubescente, a pubescência avermelhada da inflorescência, o hipanto cupular, o pistilodo pubescente e o fruto amplamente elipsóide, mas difere por suas anteras sésseis e pubescentes; pistilo glabro; e frutos maiores, glabros (Mitchell e Daly, 1993). Popularmente conhecida como breu-de-leite e breu-manga no Norte (Silva-Luz et al., 2020).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 4.1 Roads & railroads | habitat | past,present,future | national | very high |
A constante expansão de estradas é um fator que contribui para a perda de biodiversidade e degradação florestal na Amazônia (Joly et al., 2019). Na Amazônia brasileira, 22.713 km de estradas federais ou estaduais são complementados por 190.506 km de estradas não oficiais, frequentemente associadas à exploração madeireira e atividades rurais, onde quase 95% de todo o desmatamento ocorre dentro de um distância média de 5.5 km de estradas (Charity et al., 2016). A construção de uma estrada induz a mortalidade de árvores na borda da floresta devido a danos mecânicos, alteração do microclima, suscetibilidade ao estresse hídrico de árvores que crescem adjacentes à estrada, o que tem provocado mudanças na composição de espécies arbóreas (clímax são substituídas por secundárias) e aumentado a fragmentação (Kunert et al., 2015). Além disso, o efeito de borda criado pela presença de uma estrada tem forte influência no uso de água pela floresta (Kunert et al., 2015). Fearnside (2015) argumenta que as estradas atuam como impulsionadoras do desmatamento, atraindo trabalhadores migrantes e investimentos para áreas de floresta anteriormente inacessíveis dentro da Amazônia. Segundo o autor, o desmatamento é então estimulado não apenas por estradas que aumentam a lucratividade da agricultura e da pecuária, mas também pelo efeito das estradas (acessibilidade) na especulação de terra e no estabelecimento de posse de terras. Pfaff et al. (2007) apontam ainda o impacto severo da abertura de estradas na Amazônia, que leva invariavelmente a mais desmatamento, não só nos municípios e povoados por onde passam, mas também em setores vizinhos, através do efeito de “transbordamento” (spillover effect). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming | habitat | past,present,future | regional | high |
No município de Humaitá (AM), onde a espécie é encontrada, a agricultura familiar vem cedendo lugar a grandes propriedades dedicadas a atividade pecuária nas cidades Lábrea e Humaitá (Macedo e Teixeira, 2009). No município tem criação de gado, porcos, galinhas, patos e carneiros (Baraúna, 2009). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | high |
Os municípios Acrelândia (AC) e Brasiléia (AC) possuem, respectivamente, 60,49% (109353,9ha) e 29,8% (116722,3ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | regional | high |
No município de Humaitá, o garimpo do ouro representa uma boa parte da renda que garante a sobrevivência de muitos e é uma prática presente há anos nas famílias que vivem nas comunidades ribeirinhas da região (Baraúna, 2009). A exploração do ouro é feita ilegalmente e com uso de mercúrio. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.3 Indirect ecosystem effects | 5.2.4 Motivation Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | high |
A exploração desordenada de madeira, animais e a formação de enormes campos para agricultura e a pecuária, fizeram com que muitas espécies vegetais sumissem da região de Humaitá (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | high |
De acordo com dados do Programa de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia (PRODES, 2018), o AM é um dos estados com menores índices de área desmatada na Amazônia Legal. No entanto, sua porção sul vem se consolidando como nova área de expansão da fronteira agropecuária e concentrando a maior parte das novas frentes de desmatamento no estado. A exploração madeireira é muitas vezes apontada como a frente pioneira, pois ao criar meios para o escoamento da madeira, também estimula a ação de grileiros, e consequentemente a apropriação da terra para outros usos. A pecuária daria sequência ao processo de conversão da área florestal, enquanto o plantio da soja se concentra nas áreas de pastagens, para reduzir os custos de sua implantação (Macedo e Teixeira, 2009). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na seguinte Unidade de Conservação: Reserva Extrativista Chico Mendes. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |